segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um dia na Relva


Deitei sossegado
No colchão de relva
Pelas folhas em cuidadoso e lento preparado
Ao chão entrego minhas parcas carnes às levas

O anil sobre a cabeça contrasta com o amarelo
Sustentado pelas flores plenas de sementes em prelo

Anil de céu claro
Azul de pudor raro

Hoje estou assim
Esse perfume de dia sem nuvem
Mesclado ao teu cheiro Arlequim
Pintura e fantasia nutrem
Meu devaneio de sono perdido em capim

Dá-me teu sorriso
Leva-me nessa tua alegria
Apaga a lágrima pintada em rosto liso
Arlequim, é só uma fantasia

Meu amor, a lágrima pintada
Quem diria
Esconde à força dada
Nossos vindouros dias de alegria.

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