quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preso em mim



As sentenças são as algemas
Com as quais mantenho-me moldado à mim mesmo
redundante
Corpo, palavras, mente
São meus, exclusivos. Eu
Apesar do ano à força
Sigo colabado em meu próprio vácuo
Outra terra, novos ares
Velho eu
Neste debater prendo a língua entre os dentes
Tentando ser quem não posso
Irracional raciocino
Sem atingir conclusão alguma
Além do retorno ao início desta convulsão
Interna
Silenciosa
Exclusiva
Só minha
Algemado aos antigos caminhos
Tortuosos das minhas sentenças
Aquelas que a mim, definem
Olho para a folha espelho
Não reconheço meu próprio reflexo.