sexta-feira, 11 de julho de 2008

Canto de Aniversário

É tempo de escrita meus amigos
A chuva se aproxima e seguimos sem abrigo
Os trovões anunciam em alvorada difíceis pingos
O arrepio da pele e a boca seca denunciam a quem obrigo

Jamais é tarde para quem ainda resta vontade
Dificuldade espessa ou lama grossa que enfrentemos
Anoitece sempre, escurece a quem nega amizade
Há sempre sorriso água para que nele a alma limpemos

Enxergar noite escura sem vela
É treinar os olhos pros tempos que virão
Breu cotidiano viveremos com prazer
De janela em janela
Luzes acendem a cada capítulo
Nessa biografia arrastão

É a chuva da história meus caros
É o breu do desconhecido dia de amanhã
Cobertor no frio do arrepio é exíguo e raro
Nos aqueçamos uns na febre dos outros terçã

A morte que sentada espere
Se a besta nos queria pro momento,
Lamentamos, só amanhã nos fere
Se quisermos!
E na chuva da história perdermos o intento!

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