quarta-feira, 25 de junho de 2008

Aberto ao Desalinho

E a vida vai se adequando
Caminhei um tanto pra seguir andando

Coloquei ponto a castrar
Quando linhas de verso estiquei
Não devia recomeçar
Mesmo assim tentei

Abri as ruas em intento
Mudei muito em pouco tempo

Apareceu ontem e nada restava
Surgiu quando não esperava

Me bagunça a casa
Desordena os móveis e arrasa

Puxei cadeira pra que sentasse
Se atirou no sofá como se não restasse
Arrumei mesa pro jantar
Se banqueteou em meu chão sem pesar

Não adianta
Por mais que tente nos organizar
O caos é nosso azar

Não penso mais em busca
Desisto de ordenar


Agora só
Permaneço em porta
Abro o coração
E sigo a esperar

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