sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tempo I


Renunciei ao tempo
Agora a suntuosidade das igrejas
não pertence ao passado
É absurdo presente
Desde já não há mais idade para isto
ou aquilo
Hoje decreto que Todas as idades são para tudo
Já não há mais tempo certo
Para mais nada
Renunciei ao tempo
Agora posso estudar quanto quiser
Ser criança decana
Ou velho de fraldas
Nada mais é ridículo, adequado
O tempo se foi
Renunciei a ele
Desde então
Não há o momento certo para nada
Época para casar
Época para ter filhos
Época para isto
Época para aquilo
De agora ao pó
É época de existir
E só.

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