quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Carta ao Destino


Que dúvida Destino, que dúvida!
Permanecer entre conhecidos muros
Ou passá-los a valer?
Se assim for não mais serei o de agora ser
Este que aqui debruçado agora
Sobre um punhado de tijolos chora

Muros contenção
Muros proteção
Murros sem força
Me escapam das mãos

Que dúvida Destino, que dúvida!
Que farei depois de satisfeito?
Depois de vencido o próximo parapeito?

Seguirei entre outras barreiras
Eternamente passando-as
Freneticamente às carreiras?

Por que, Destino, a cada muro que avanço
A cada abandono em passo manso
Outro mais alto se avizinha
E não resisto ao pulo caro Destino
Entre que muros esta alma se aninha?

Destino, responde presto
Lá, do outro lado
Atenção em ti não presto.

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