domingo, 20 de abril de 2008

Não Estamos


Findada a jornada
Elejo e cortejo alguém
Que aceita entrecortada
E sempre diz amém

Estamos todos os dias
Práticos na lisura fingida
Eu chorando enquanto lias
Minha fisionomia de dor munida

Há quê juntamos as mãos
Se esses respiros
Tão certos e compassados que são
Não passam de em nós retiros

Tiro de ti o que não tens
Em mim possuis o que não dou
Fico eu pensando que vens
E tu, fingindo que estou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma leitura de tantos e resumida apenas por um. O pouco que descreves é muito que alguém pode ser.

Anônimo disse...

"No final de tudo, pode-se dizer sem exageros, que sempre resta o desejo..." (Freud)