domingo, 28 de dezembro de 2008

Levo Flores


escrevo até que os comprimidos façam seu trabalho
me desliguem
dormindo não dói
não te vejo passante
abandonando a vida que tivemos
o princípio de nada
o beijo contrariado
socialmente proibido
desejado tanto quanto indefeso
sem retirada de ninguém
sem sentido assim como estarmos juntos
hoje te sepulto
não te vejo morta
levo flores como em um primeiro encontro
esperançoso atrás daquele sorriso teu
tolice
cadáveres não se movem.

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